"Não há inclusão sem escuta, sem afeto e sem o reconhecimento da singularidade de cada sujeito." — Maria Teresa Eglér Mantoan
Por Jhully Diniz da Silva / SRE Araguatins – Secretaria de Educação do Tocantins
Publicado: 12/06/2025 – 9h20
Na manhã do dia 7 de maio, o Colégio Militar do Estado do Tocantins La Salle de Augustinópolis, promoveu uma ação especial de acolhimento e valorização: o Café com Afeto – um encontro dedicado às mães dos estudantes do AEE. A ação, organizada pela equipe multiprofissional da escola em parceria com a professora do AEE, Luciola Alvim, teve como objetivo celebrar a força, o cuidado e a dedicação das mães atípicas, oferecendo um espaço de escuta, troca e cuidado emocional.
O evento teve início com um coffee break acolhedor, preparado com carinho e atenção aos detalhes, para que todas se sentissem bem-vindas desde o primeiro instante. Foi realizada a abertura oficial com palavras de acolhimento da professora Luciola Alvim, idealizadora do projeto, e do diretor da unidade, Capitão Sousa.
Em seguida, a coordenadora pedagógica Patrícia Fernandes da Costa conduziu uma reflexão sensível, destacando a força e o papel essencial das mães na trajetória escolar e de vida de seus filhos. Logo depois, a orientadora Ana Maria Freitas Dias Lima trouxe uma tocante reflexão inspirada nas mães da Bíblia. Relembrou mulheres que, mesmo diante de grandes desafios, seguiram com coragem, fé e amor — estabelecendo um paralelo com as mães do presente.
A psicóloga Janaína Costa Reis ministrou uma palestra rica e sensível sobre autocuidado, enfatizando a importância de olhar para si mesmas, cuidando da saúde física, psicológica e emocional. Abordou também os direitos das mães atípicas e compartilhou técnicas valiosas de relaxamento para o cotidiano.
Em seguida, a fisioterapeuta convidada Mariana Lopes Cardoso — que, além de profissional, também é mãe atípica — conduziu um momento de alongamento e relaxamento. Sua vivência pessoal agregou profundidade, empatia e conexão entre todas as participantes.
A programação seguiu com uma emocionante vivência conduzida pelas orientadoras Ubenária e Ana Maria, que falaram sobre os desafios diários enfrentados pelas responsáveis. Com sensibilidade, trouxeram à tona a realidade de mulheres que, com coragem e amor, caminham firmes em suas jornadas de cuidado e luta por inclusão. Um dos momentos mais marcantes foi o relato espontâneo de uma participante, que compartilhou:
“Nossa rotina é repleta de consultas médicas, terapias e lutas por inclusão — um trabalho que exige paciência e força, mas que, muitas vezes, passa despercebido. É fundamental que estejamos atentas às nossas necessidades. Nós precisamos ser ouvidas, apoiadas e acolhidas. Um simples gesto de carinho ou uma palavra amiga pode fazer toda a diferença.”
Ao final do encontro, as mães receberam uma singela lembrança preparada pela orientadora Érika Sousa de Almeida: um café solúvel, símbolo do afeto e da admiração que permeou cada detalhe do momento.
Iniciativas como essa mostram que a inclusão vai além da sala de aula — ela se constrói no cuidado com os detalhes, no reconhecimento das singularidades e na valorização das histórias de vida de cada envolvido.